- Why not? "
Michael Haneke é um dos meus diretores favoritos e foi
exatamente esse filme que me apresentou ao seu trabalho.
Funny Games pode começar parecendo com muitos filmes de “terror”
lançados ultimamente, uma família sendo
feita de refém por lunáticos não é a premissa mais original do mundo, mas seu
desenvolvimento vai além dos rios de sangre e violência gráfica apresentada na
maioria dos outros filmes.
Aqui, o que vemos é exatamente uma critica à tudo isso, à
essa utilização da violência como algo bom de assistir, à todos que acham a
violência exposta nos filmes puro entretenimento. Colocando o espectador como cúmplice
do ato dos vilões (em certos momentos os personagens chegam a conversar com o
espectador e lhe enviar piscadelas) o filme vai mostrando a agonia da família
nas mãos dos invasores e apesar da maioria dos atos de agressão não serem
mostrados, eles soam mais aterrorizantes do que na maioria dos filmes.
Longe de ser um filme fácil, Violência Gratuita tem, além da
direção forte do Haneke, em seu roteiro um dos pontos fortes, afinal, como não admirar
diálogos do tipo:
“- Por que não nos matam logo?
- Não podemos esquecer a importância do entretenimento.”
Ou na reação dos invasores quando perguntados “por que vocês
estão fazendo isso?”. Sem falar na famosa cena do controle remoto, que
logicamente não contarei aqui, que é de uma genialidade e “maldade” extrema.
O filme possui duas versões (ambas dirigidas pelo Haneke), o
original de 1997, e uma refilmagem quadro à quadro de 2007, que conta com Naomi
Watts e Michael Pitt no elenco.
Trailer da versão original:
Trailer da refilmagem:
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