Quem gosta de teledramaturgia sabe que é
quase impossível ficar "imune" às telenovelas latinas, sobretudo as mexicanas,
afinal o México foi o país responsável por tornar o processo de produção dessas
histórias quase industrial, chegando a gravar muitas cenas por dia às vezes até
com atores usando pontos eletrônicos para não errarem cenas e agilizarem todo o
processo.
A partir do dia 10 de dezembro, a novela “A
Usurpadora” pela quinta vez estará de volta à tela do SBT, emissora que recorre
à reprise de tramas mexicanas cada vez que deseja subir alguns pontos na
audiência. O método usado pelo canal é questionável para alguns afinal, o
público já sabe cada passo do enredo, mas continua acompanhando a trama por
saudosismo ou simplesmente por se encantar com apelos dramáticos tão diferentes
dos usados no Brasil. A propósito esse drama é uma característica que tende a
popularizar a novela no contexto teledramatúrgico mais tradicional.
Trama: “A Usurpadora” foi vendida a mais de 180
países e tornou famosa sua protagonista Gabriela Spanic intérprete das gêmeas
Paulina e Paola, então com 25 anos (Atualmente com 38 anos). Para nós
brasileiros, o enredo nunca foi algo inovador já que contava a saga de duas
gêmeas, uma boa e outra má lembrando um pouco a trajetória vivida por Ruth e
Raquel, personagens da novela “Mulheres de Areia”, mas as semelhanças se
encerram por aí. Na trama mexicana as irmãs não se conheciam ao se encontrarem
pela primeira vez, e assustada com tal semelhança Paola faz uma proposta à
Paulina: Se passar por ela no período de um ano, vivendo na casa dela, com o
marido dela enquanto ela viaja pelo mundo com seus amantes. Precisando de dinheiro e acusada de roubo, Paulina tem aulas (?) sobre a vida de Paola e sua família, e assim adentra a casa enfrentando a rejeição dos familiares e descobrindo cada vez mais erros morais de sua sósia, e claro, se apaixonando verdadeiramente por Carlos Daniel, marido da verdadeira Paola.
Audiência: Em sua primeira exibição, às 20 horas, a novela alcançou média de 21 pontos no ibope (onde cada ponto
equivale a 80 mil telespectadores na Grande São Paulo), um número bastante alto
se compararmos com a novela “Suave Veneno” que a Globo exibia na mesma época às
21 horas que alcançava cerca de 38 pontos. Em Minas Gerais, a TV Alterosa (filada do SBT) lançou a promoção "Não diga alô, diga A Usurpadora". Se na hora da novela o telefone da casa de alguém tocasse e dissesse a frase corretamente, o sujeito ganharia diversos prêmios.
Mudanças: Na primeira exibição em 1999, o tema de abertura da novela era “Sonho Lindo”, canção de Roberto Carlos,
interpretada por Paulo Ricardo e as cenas cobertas pela música eram uma
adaptação da abertura original com créditos escritos em português. Quando a
novela foi exibida pela terceira vez em 2005, o SBT optou por utilizar a
abertura original da trama, com a música “La Usurpadora” interpretada por
Pandora.
Lembrada por muitos, a vilã Paola conquistou
uma legião de fãs por ser uma figura construída tal qual um personagem de
desenho animado: mau, caricato e capaz de cometer grandes loucuras sem um
propósito ou fator moral. A dublagem das novelas importadas é sempre um caso à
parte, já que existe um trabalho imenso de adaptação das falas ao nosso idioma
(o que geram diálogos que em seu país de origem são carregados em dramaticidade
e para nós soam como uma piada), e até mesmo dos dubladores ao tentar encaixar o
nosso português arrastado em cima do espanhol falado com tamanha velocidade.
Remake: A emissora colombiana RCN em parceria com a mexicana Televisa e a produtora
RTI irá exibir uma nova versão de “A Usurpadora”. As gravações feitas em Bogotá
contam com o ator argentino Julián Gil que interpretará o protagonista
masculino Felipe Esquivel (antigo Carlos Daniel).
DVD: Em 2005, a empresa Xenon juntamente com a Televisa lançou o box com a novela em forma de compacto. E bota compacto nisso, já que em cada um dos 3 discos são resumidos cerca de 33 capítulos. Diferente de outras produções mexicanas lançadas em boxes, essa manteve a trilha sonora original. Caso haja interesse, pode-se comprar o box aqui.
DVD: Em 2005, a empresa Xenon juntamente com a Televisa lançou o box com a novela em forma de compacto. E bota compacto nisso, já que em cada um dos 3 discos são resumidos cerca de 33 capítulos. Diferente de outras produções mexicanas lançadas em boxes, essa manteve a trilha sonora original. Caso haja interesse, pode-se comprar o box aqui.
Se você assistiu à alguma das exibições de “A
Usurpadora” no Brasil, ligue a TV, dia 10 de dezembro no SBT e assista
novamente, e se não conhece a história é uma ótima chance para conhecê-la,
afinal é uma novela como a gente, culturalmente pop!
É sempre bom rever A Usurpadora, pra mim é uma das melhores novelas mexicanas. Agora dessa vez será com melhor qualidade por causa da tv digital, vale muito a pena essa quinta exibição com cores mais vivas. Alguém aí podia gravar essa versão HDTV, pois será única.
ResponderExcluirAinda que seja exibida com melhor qualidade, a novela foi gravada em SD.
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